A Lei da Semeadura


Há um princípio conhecido, mas que ainda, por muitas vezes, continua sendo ignorado. Trata-se da libertadora e poderosa Lei da Semeadura. Como disse o apóstolo Paulo: “Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6.7).

Se queremos fazer a diferença, viver o novo, ser mais frutíferos, sem dúvida, temos que semear algo diferente e mais frequentemente. A vida de uma pessoa é resultado daquilo que se plantou. Cada escolha, cada decisão, cada atitude, cada pensamento ou cada palavra são sementes no terreno da existência humana.

É muito fácil entendermos que, se um agricultor semeou batatas, não há como colher morangos. Da mesma forma, se plantou pêssegos não há como ceifar uvas. Assim é com a vida. Somos fruto das sementes que lançamos ao longo do caminho. Somos resultado daquilo que cultivamos. O que colhemos é o que foi semeado.

Elifaz, um dos amigos de Jó, constatou: “Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam isso mesmo” (Jó 4.8). Já Paulo considerou: “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido” (Gálatas 6.9).

Quer seja com Elifaz, quer seja com o apóstolo Paulo, fica muito claro o princípio da Lei da Semeadura no campo moral e espiritual. Não adianta querermos fechar os olhos para isso. Faz parte do processo, da natureza e do equilíbrio da vida. Não há atalhos. Colhemos o que plantamos!

Portanto, devemos assumir o propósito de semear o que é bom. Devemos semear a graça e o amor de Cristo. A vida é semeadura e cada semente lançada no percurso de nossa jornada, brota e cresce, germina e floresce. Se tivermos sabedoria, escolheremos as melhores sementes, escolheremos as coisas excelentes.

“O Reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra, e dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como. Porque a terra por si mesma frutifica; primeiro, a erva, depois, a espiga, e, por último, o grão cheio na espiga. E, quando já o fruto se mostra, mete-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa” (Marcos 4.26-28).

Em Sua parábola, Jesus destaca a transformação que a semente sofre quando lançada em terra. Vem primeiro a erva, depois a espiga e por fim o grão abundante na espiga. Ah, como o agricultor se alegra com o resultado. É algo nesse sentido que o Senhor quer nos conceder. “Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará,sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos” (Salmos 126.5,6).

Então, semeemos. Espalhemos sementes. Façamos isso com constância e perseverança. É tempo de viver as novas do evangelho, é tempo de cultivar o que Deus tem de melhor para nós! Não poupemos esforços.“E digo isto: Que o que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará” (2 Coríntios 9.6).

Pode não ser muito fácil esse processo, contudo, o retorno é certo e seguro. Deus nos abençoará nessa empreitada.“Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que enviei” (Isaías 55.10,11).

Pr. Adriano Xavier Machado